Jovem Católica Apostólica Romana Renovada Eucaristica Mariana.



Aceita tudo o que te acontecer. Na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência (Eclesiástico .2;4)







Jesus Sacramentado Nosso Deus Amado!!

Jesus Sacramentado Nosso Deus Amado!!
É tempo do Amado ser Adorado!! Nós vos adoramos Senhor e te bendizemos porque pela tua santa cruz redimiste o mundo...


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Uma pipa no céu…


A vida exige leveza, assim como a viagem. A estrada fica mais bonita quando podemos olhá-la sem o peso de malas nas mãos.



Seguir leve é desafio. Há paradas que nos motivam compras, suplementos que julgamos precisar num tempo que ainda não nos pertence, e que nem sabemos se o teremos.



Temos a pretensão de preparar o futuro. Eu tenho. Talvez você tenha também. É bom que a gente se ocupe de coisas futuras, mas tenho receio que a ocupação seja demasiada. Temo que na honesta tentativa de me projetar, eu me esqueça de ficar no hoje da vida.



Os pesos nascem desta articulação. Coisas do passado, do presente e do futuro. Tudo num tempo só.



Há uma cena que me ensina sobre tudo isso. Vejo o menino e sua pipa que não sobe ao céu. Eu o observo de longe. Ele faz de tudo. Mexe na estrutura, diminui o tamanho da rabiola, e nada. O pequeno recorte de papel colorido, preso na estrutura de alguns feixes de bambú retorcidos se recusa a conhecer as alturas.



O menino se empenha. Sabe muito bem que uma pipa só tem sentido se for feita para voar. Ele acredita no que ouviu. Alguém o ensinou o que é uma pipa, e para que serve. Ele acredita no que viu. Alguém já empinou uma pipa ao seu lado. O que ele agora precisa é repetir o gesto. Ele tenta, mas a pipa está momentaneamente impossibilitada de cumprir a função que possui.



Sem desistir do projeto, o menino continua o seu empenho. Busca soluções. Olha para os amigos que estão ao lado e pede ajuda. Aos poucos eles se juntam e realizam gestos de intervenção…



Por fim, ele tenta mais uma vez. O milagre acontece. Obedecendo ao destino dos ventos, a pipa vai se desprendendo das mãos do menino. A linha que até então estava solta vai se esticando. O que antes estava preso ao chão, aos poucos, bem aos poucos, vai ganhando a imensidão do céu.



O rosto do menino se desprende no mesmo momento em que a pipa inicia a sua subida. O sorriso nasceu, floresceu leve, sem querer futuro, sem querer passado. Sorriso de querer só o presente. As linhas nas mãos. A pipa no céu…



Fonte : Site Padre Fabio de Melo

O Peso que agente leva...


O perigo da viagem mora nas malas. Elas podem nos impedir de apreciar a beleza que nos espera. Experimento na carne a verdade das palavras, mas não aprendo. Minhas malas são sempre superiores às minhas necessidades. É por isso que minhas partidas e chegadas são mais penosas do que deveriam.



Ando pensando sobre as malas que levamos…



Elas são expressões dos nossos medos. Elas representam nossas inseguranças. Olho para o viajante com suas imensas bagagens e fico curioso para saber o que há dentro das estruturas etiquetadas. Tudo o que ele leva está diretamente ligado ao medo de necessitar. Roupas diversas; de frio, de calor – o clima pode mudar a qualquer momento! – remédios, segredos, livros, chinelos, guarda chuva – e se chover? –, cremes, sabonetes, ferro elétrico – isso mesmo! – Microondas? – Comunique-me, por favor, se alguém já ousou levar.



O fato é que elas representam nossas inseguranças. Digo por mim. Sempre que saio de casa levo comigo a pretensão de deslocar o meu mundo. Tenho medo do que vou enfrentar. Quero fazer caber no pequeno espaço a totalidade dos meus significados. As justificativas são racionais. Correspondem às regras do bom senso, preocupações naturais para quem não gosta de viver privações.



Nós nos justificamos. Posso precisar disso, posso precisar daquilo…



Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas. Excedem aos tamanhos permitidos. Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado?



As perguntas são muitas… E se eu tiver vontade de ouvir aquela música? E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez?



Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou. Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais da metade do que levei não me serviu pra nada.



É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.



E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.



É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro.



Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias… Hospitais, asilos, internatos…



Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.



Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve.



Fonte : Site Padre Fabio de Melo

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Musica Sacra


CONCEITO


Sacrosanctum Concilium 112-121
“ A Música é tanto mais santa quanto mais intimamente se articular com a ação litúrgica, contribuindo para a expressão mais suave e unânime da oração, ou conferindo ao ritual mais solenidade

Finalidade- Glória de Deus, e santificação dos fiéis

A ação litúrgica ganha em nobreza quando o serviço divino se celebra com solenidade e é cantado tanto pelos ministros, quanto pelo povo que dele participa ativamente.

Instrumentos :O documento frisa a importância do órgão na liturgia, mas acrescenta. “ os demais instrumentos podem ser admitidos na liturgia, desde que devidamente adaptados à dignidade dos templo e contribuam dce fato pára a edificação dos fiéis” , ou seja: o templo, e o tipo e/ou quantidade de instrumentos devem estar adequados, não se coloca uma orquestra para animação num templo pequeno, nem tão pouco um simples violão numa catedral.

Compositores:” Componham melodias que expressem de fato as características da música sacra, e possam ser cantadas, n~çao só pelos grandes corais, mas que se adaptem à participação de todos os fiéis”., “as letras devem estar de acordo com a doutrina católica e ter como fonte de inspiração a Sagrada Escritura”

Desta afirmação se entende que:

1- A música litúrgica tem um objetivo e uma finalidade específicos: Estar a serviço da santificação e da participação ativa e orante dos fiéis na celebração dos mistérios divinos. A celebração eucarística não é só o louvor, já que nos reunimos para louvar, bendizer e agradecer ao Senhor, assim a música também tem suscitar o silêncio, a oração.
2- Que tanto os compositores, quanto os músicos e cantores, devem estar atentos a esta finalidade- na fidelidade ao contexto católico e que estas músicas tem sua fonte na palavra e na doutrina cristã
3- Que todo o movimento de música na celebração deve estar a serviço dos fiéis e contribuir para uma participação plena de todos.( a função da equipe de música é animar o canto, instigar o povo a cantar, e não executar sozinhos os cantos)
4- Que os músicos e cantores devem “entrar” dentro do movimento em direção à liturgia celebrada, e não o contrário, (os cânticos devem estar adequados à liturgia a ser celebrada), e não a liturgia estar a serviço dos cânticos escolhidos
5- Que a música litúrgica, o canto, as composições, as letras, os ritmos, são coordenados, orientados e direcionados pelo magistério da igreja, ao qual estão subordinados todos os agentes da pastoral litúrgica da qual a música e o canto fazem parte integrante. (A equipe de música não é a absoluta, não é uma pastoral isolada, e sim, fazem parte da equipe de liturgia)



VISÃO HISTÓRICA DO CANTO E DA MÚSICA LITÚRGICA

Na sagrada escritura-
AT- Deste a antiga aliança a música faz parte da vida celebrativa e do culto em honra à Javé. O uso de instrumentos tem seu registro desde Gênesis (4, 21)., (Irmão de Lamec que foi o antepassado de todos os tocadores de flauta e de lira., em Êxodo 15, após a libertação, Moisés e os filhos de Iasrael entoaram um hino ao Deus libertador; 2 Samuel 6,5- Davi ao transportar a arca da aliança, convoca o povo e toda a casa de Israel, entusiasmada iam fazendo festa diante de Javé, cantando ao som de cítaras, harpas, tamborins, pandeiros e merimbas os salmos.

NT- Lucas 2, 14- Os anjos celebram com cantos o nascimento de Jesus; Marcos 14,26- Após a ceia, depois de cântico dos salmos, Jesus e seus discípulos vão ao horto das Oliveiras. Halley canto de louvor na pesah – celebração da Páscoa Judaica

1as comunidades cristãs- Judaico-cristãs- Ritos do culto judaico- shabbat e festas litúrgicas judaicas_x cantos de salmos e orações no contexto eucarístico e da páscoa da ressurreição., 1º dia da semana

Século IV- Período patristico- destacam-se os aspectos simbólicos e celebrativos da música e do canto “ a serviço da palavra” e como “ sinal de unidade”

Caráter mistagógico= Mistério= sacramento da igreja: Aspecto bíblico= a sagrada escritura é musicada para espiritualidade da comunidade

Século VIII e IX- em Roma, escolas de canto para cultivar a vida musical do culto cristão

Século XIII- Papa Gregório Magno favorece centros de música sacra e erudita. Institui o canto gregoriano como a forma neumático= i a 4 notas por sílaba e melismática – com número ilimitado de notas por sílaba

Torna-se o canto gregoriano a única forma de canto litúrgico para o culto e adoração com uso de órgão= sendo centralizado no clero e nos mosteiros, distante do povo

Século XVI- passa-se do canto gregoriano para as expressões musicais polifônicas, ou seja, uso de diversas vozes e instrumentos na ação litúrgica popular= procissões, vias sacra e rosários., e verificou-se o perigo de confundir canto litúrgico com música profana; preocupação em preservar o latim como língua oficial da liturgia.

Anos -1324- 1325., Papa João XXII, escreve o primeiro documento sobre a música litúrgica

anos 1433-1546, Martinho Lutero – Uso da língua vernácula na liturgia e culto protestante ( início com a língua alemã

ANO 1749- Papa Bento XV- solicita moderação na música sacra

século XIX- Papa Pio X- preocupação com a teatralidade do culto

ano 1950- Papa Pio XII- destaca em documento os tipos de música sacra liturgicamente válidas:

a) Canto gregoriano como patrimônio da igreja católica e canto litúrgico por excelência
b) Polifonias sacra+ canto com uso de coral e órgão
c) Música sacra para solo de órgão
d) Canto religioso popular que podem ser usados em ações litúrgicas
e) Musica religiosa., temas religiosos mas, impróprios ao uso do culto cristão
f) ano 1955- Papa Pio XII, reconhecer a entrada de cantos religiosos populares na liturgia= surgem os músicos e o destaque da música na liturgia= perigo= acima do mistério celebrado

Vaticano II- anos 1962- 1965- Sacrosanctum concillium

1- A música litúrgica não é autônoma no culto divino- está intimamente ligada à ele – e deve contar com a participação de todos os que o celebram;
2- Levar a participação dos fiéis na liturgia de forma consciente, ativa, frutuosa, plena, piedosa, fácil, interna e externamente.
3- Dar significação vital aos mistérios celebrados, sendo a música a expressão de oração, favorecimento da unanimidade da celebração e solenizar o culto.

A música popular constitui possibilidade de que pode dispor a igreja no Brasil, porém deve ser regida por determinados critérios para sua utilização.

CRITÉRIOS PARA A MÚSICA NA LITURGIA

A) Tempo litúrgico= O canto deve estar atento ao tempo litúrgico para respeitar o Espírito do ciclo de cada ano- Advento/Natal/quaresma/tempo pascal- cada tempo com sua dimensão litúrgica específica., (não se canta no páscoa o que se canta na quaresma por exemplo)

B) Tipo de celebração= Considerar a motivação da celebração- exéquias, matrimônio, batismo etc. cada qual tem motivações diferentes, assim como o objetivo da celebração (ação de graças, louvor, penitencia, envio missionário, consagração etc.


C) Modelo de assembléia= Faixa etária, crianças, jovens, idosos, afro, italianos etc. grupo social
A preparação da liturgia e cantos devem estar condizentes com o tipo de assembléia para incentivar a participação

D) Momento litúrgico- Cada música situa-se dentro da estrutura da celebração. Levar em
consideração os momentos litúrgicos- Ritos iniciais, penitencia, ofertas, etc.

E) Tipo de música- Música para celebração litúrgica é diferente e específica da música para
encontros, reuniões, assembléias, horas de louvor etc. Cada evento pede e exige um tipo
diferente de música. Liturgia pede música litúrgica

F Atenção às fontes= Igreja é regida pelo magistério, documentos próprios normas, e orientações
que visem a colegialidade e a unanimidade como igreja universal, diocesana, regional e
paroquial. è o magistério que conduz e orienta, e não outros meios como a TV, a mídia, a
Internet etc. Também não é o padre, o sacristão, o ministro, coordenador de liturgia o músico
ou o cantor.



Palestra Irmãs Tereza e Vilma – Paróquia S.Sebastião Suzano
Site: Catolicas suzano

MINISTÉRIO DO LEITOR

“ Coloque-se na porta do templo e diga a todos: Escutem a palavra de Javé vocês todos de Juba, que entram por esta porta, a fim de adorar a Javé”... endireitem seus caminhos e sua maneira de agir e eu morarei com vocês neste lugar



Ministério significa: serviço e na liturgia – “ação em favor de alguém”. - assim, ao refletir sobre a missão do ministério dos leitores na liturgia, cabe iniciar com esta observação essencial =

Ministério do leitor é: Serviço em favor de toda a assembléia que celebra o Senhor na liturgia

Este servir se reveste de três dimensões essenciais que devem ser levadas em conta no momento de se efetuar esse ministério:



1-Servir ao Senhor como seu porta voz – MISSÃO PROFÉTICA que se inspira na ação e testemunho do profeta da sagrada escritura que se tornam por vocação e iniciativa divina, Arautos para o povo, as autoridades e as nações. Esta missão exige de seu ministro a condição de porta voz: fidelidade ao Senhor que fala, fidelidade à palavra que anuncia, fidelidade ao se colocar como instrumento do Senhor para que Deus possa falar através de seu instrumento “ o ministro” a todo povo.



2- Servir ao povo de Deus – MISSÃO DE DIACONIA – serviço que pelo anuncio e proclamação da palavra, permite que o Senhor se faça ouvir pelo povo e que suas palavras possam ser semeadas na mente e no coração da assembléia reunida e produzir frutos de vida nova. Esta missão exige que o ministro possa transmitir com clareza e alegria toda a profundidade dessa palavra divina que transmite e permite que todo o povo sem exceção possa ser o destinatário dessa palavra que chegue a todos os ouvidos e possa ser uma palavra que é acolhida e entendida em sua fidelidade e escritura.





3- Servir à Igreja- MISSÃO DE KOINONIA – comunhão, que reúne a assembléia em comunidade orante, tendo como foco central a palavra de Deus e unindo todos num só Espírito que reúne, consagra, unge e orienta a todo povo. Missão que exige a espiritualidade necessária para que o Espírito do Senhor possa agir no coração de todos para receber esta palavra, fazer dela uma lição de vida e promova a adesão batismal dessa palavra na fé e na vida de cada um dos ouvintes.





Liturgia da palavra ação litúrgica



Onde o próprio Cristo se faz presente como o Verbo de Deus que se faz palavra viva no meio de nós;

**Onde a assembléia reunida se faz igreja tendo como centro a palavra de Deus para sua fé e vida cristã;

**Onde a presença: do Cristo ressuscitado e do Espírito realizam o mistério pascal de Cristo e o envio de todo povo consagrado para a missão “ Ide pelo mundo e fazei discípulos meus a todos os povos, ensinando-os a observar tudo o que vos mandei”.

**Onde o serviço se torna missão e a presença do leitor seja uma resposta a um chamado de Deus para realizar uma liturgia de Deus em favor de seu povo

**Onde todo tem a mesma oportunidade de acolher a palavra e compreender o que Deus anuncia pelo cuidado e zelo deste ministério



Assim, é preciso que os leitores sejam capacitados, dignos em seu testemunho de vida cristã, espiritualidade e fé e que amem a palavra de Deus, a busquem como direção e guia e tenham por ela um amor profundo e constante em todos os momentos de sua vida.





OS DEZ MANDAMENTOS DO LEITOR NA LITURGIA



1- Conhecer a palavra com antecedência_ O leitor deve ler e conhecer o texto a ser proclamado bem antes de realizar o que supõe que a equipe de liturgia faça a preparação e a escolha de cada leitor com antecedência da liturgia

2- Refletir e meditar a palavra= Ao conhecer a palavra a ser proclamada, esta deve se tornar “ alimento” a ser saboreado com calma e profunda espiritualidade pelo leitor-palavra que penetra em seu coração e traz a novidade de Deus – alimento da fé que inspira o leitor a compartilhar desta experiência com todo o povo reunido na liturgia.

3- Escutar a palavra- fazer-se “ “ouvinte “atento”, da palavra que deve ser acolhida pela mente e pelo coração”““““. – sentir que Deus “fala“ e que esta palavra faz diferença para toda a vida daquele que a ouve com atenção. Palavra que não é humana, mas divina e que deve chegar ao mais profundo do ser para ser semente de boa nova

4- Palavra anúncio- que deve ser acolhida e aprofundada na assembléia = tempo de reflexão pessoal de cada um que está presente à liturgia – palavra proclamada com clareza, calma e entusiasmo de quem anuncia uma mensagem de salvação para todos:

5- Palavra solene= anuncio que supõe seriedade e solenidade, que exige uma proclamação- não ser confundida com palavra emocional, teatral ou leitura de um texto- leitor deve sentir o momento que está realizando e a dimensão que este acontecimento exige em benefício de todos

6- Respeito e veneração da palavra= gestos visíveis de vênia e de respeito para com a palavra que devem ser vistos por todos e que possam ter significado de profunda consideração por algo sagrado que se celebra

7- Resposta a uma vocação= ministério que não pode ser confundido com “ oportunidade” para alguém fazer uma leitura – mas que compreende condições mínimas e adequadas para ser exercida. Chamado de Deus a ser seu arauto é chamado à missão de serviço e de disponibilidade, de testemunho, fé e vivência dessa mesma palavra na vida do leitor:

8- Ter caráter de serviço= Não ser confundido com “status”, cargo ou função, mas abranger a dimensão de ministério litúrgico e de instrumento a serviço do Senhor, do povo de Deus e da igreja

9- Ter testemunho de vida= levar o leitor a um testemunho pessoal de vida cristã, em todas as circunstâncias de sua via, realizando em si mesmo aquilo que anuncia por meio de palavras, coerência e esforço pessoal de interação entre fé e vida

10- Instrumento de comunhão= Ser parte de um todo, onde cada membro que serve ao Senhor seja instrumento de comunhão na liturgia, na comunidade, nos diversos ministérios e carismas e no meio do povo. Membro do corpo místico de Cristo que realiza o amor - comunhão e misericórdia e que se torna eixo de ligação entre todos


Para Completar esta reflexão veja carta de Romanos 12, 4-18

Fonte: Site catolicas Suzano

quinta-feira, 29 de julho de 2010

A existência dos Anjos uma verdade de Fé


QUEM SÃO OS ANJOS?

329. Santo Agostinho diz a respeito deles: «Angelus [...] officii nomen est, non naturae. Quaeris nomen naturae, spiritus est; quaeris officium, angelus est: ex eo quod est, spiritus est: ex eo quod agit, angelus -Anjo é nome de ofício, não de natureza. Desejas saber o nome da natureza? Espírito. Desejas saber o do ofício? Anjo. Pelo que é, é espírito: pelo que faz, é anjo (anjo = mensageiro)» (168). Com todo o seu ser, os anjos são servos e mensageiros de Deus. Pelo fato de contemplarem «continuamente o rosto do meu Pai que está nos céus» (Mt 18, 10), eles são «os poderosos executores das suas ordens, sempre atentos à sua palavra» (Sl 103, 20).
330. Enquanto criaturas puramente espirituais, são dotados de inteligência e vontade: são criaturas pessoais (169) e imortais (170). Excedem em perfeição todas as criaturas visíveis. O esplendor da sua glória assim o atesta (171). CRISTO «COM TODOS OS SEUS ANJOS»
.331. Cristo é o centro do mundo dos anjos (angélico). Estes pertencem-Lhe: «Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os [seus] anjos...» (Mt 25, 31). Pertencem-Lhe, porque criados por e para Ele: «em vista d'Ele é que foram criados todos os seres, que há nos céus e na terra, os seres visíveis e os invisíveis, os anjos que são os tronos, senhorias, principados e dominações. Tudo foi criado por seu intermédio e para Ele» (Cl 1, 16), E são d'Ele mais ainda porque Ele os fez mensageiros do seu plano salvador: «Não são eles todos espíritos ao serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um ministério a favor daqueles que hão de herdar a salvação?» (Heb 1, 14).

332. Ei-los, desde a criação (172) e ao longo de toda a história da salvação, anunciando de longe ou de perto esta mesma salvação, e postos ao serviço do plano divino da sua realização: eles fecham o paraíso terrestre (173); protegem Lot (174), salvam Agar e seu filho (175), detêm a mão de Abraão (176) pelo seu ministério é comunicada a Lei (177), são eles que conduzem o povo de Deus (178), anunciam nascimentos (179) e vocações (180) assistem os profetas (181) - para não citar senão alguns exemplos. Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus (182).
333. Da Encarnação à Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é rodeada da adoração e serviço dos anjos. Quando Deus «introduziu no mundo o seu Primogênito, disse: Adorem-n'O todos os anjos de Deus» (Heb 1, 6). O seu cântico de louvor, na altura do nascimento de Cristo, nunca deixou de se ouvir no louvor da Igreja: «Glória a Deus [...]» (Lc 2, 14). Eles protegem a infância de Jesus (183), servem-n'O no deserto (184) e confortam-n'O na agonia (185) no momento em que por eles poderia ter sido salvo das mãos dos inimigos (186) como outrora Israel (187). São ainda os anjos que «evangelizam» (188), anunciando a Boa-Nova da Encarnação (189) e da Ressurreição (190) de Cristo. E estarão presentes a quando da segunda vinda de Cristo, que anunciam (191), ao serviço do seu juízo (192).

OS ANJOS NA VIDA DA IGREJA

334. Daqui resulta que toda a vida da Igreja beneficia da ajuda misteriosa e poderosa dos anjos (193).
335. Na sua liturgia, a Igreja associa-se aos anjos para adorar a Deus três vezes santo (194); invoca a sua assistência (como na oração "In paradisum deducant te angeli - conduzam-te os anjos ao paraíso" da Liturgia dos Defuntos (195), ou ainda no «Hino querubínico» da Liturgia bizantina (196), e festeja de modo mais particular a memória de certos anjos (São Miguel, São Gabriel, São Rafael e os Anjos da Guarda).
336. Desde o seu começo (197) até à morte (198), a vida humana é acompanhada pela sua assistência (199) e intercessão (200). «Cada fiel tem a seu lado um anjo como protetor e pastor para o guiar na vida» (201). Desde este mundo, a vida cristã participa, pela fé, na sociedade bem-aventurada dos anjos e dos homens, unidos em Deus.
II. O mundo visível
337. Foi o próprio Deus que criou o mundo visível, com toda a sua riqueza, a sua diversidade e a sua ordem. A Sagrada Escritura apresenta a obra do Criador, simbolicamente, como uma sequência de seis dias «de trabalho» divino, que terminam no «repouso» do sétimo dia (202). O texto sagrado ensina, a respeito da criação, verdades reveladas por Deus para a nossa salvação (203), as quais permitem «conhecer a natureza última e o valor de todas as criaturas e a sua ordenação para a glória de Deus» (204).
338. Nada existe que não deva a sua existência a Deus Criador: O mundo começou quando foi tirado do nada pela Palavra de Deus: todos os seres existentes, toda a Natureza, toda a história humana radicam neste acontecimento primordial: é a própria gênese, pela qual o mundo foi constituído e o tempo começado (205).
339. Cada criatura possui a sua bondade e perfeição próprias. Acerca de cada uma das obras dos «seis dias» está escrito: «E Deus viu que era bom». «Foi em virtude da própria criação que todas as coisas foram estabelecidas segundo a sua consistência, a sua verdade, a sua excelência própria, com o seu ordenamento e leis específicas» (206). As diferentes criaturas, queridas pelo seu próprio ser, refletem, cada qual a seu modo, uma centelha da sabedoria e da bondade infinitas de Deus. É por isso que o homem deve respeitar a bondade própria de cada criatura, para evitar o uso desordenado das coisas, que despreza o Criador e traz consigo consequências nefastas para os homens e para o seu meio ambiente.
340. A interdependência das criaturas é querida por Deus. O sol e a lua, o cedro e a florzinha, a águia e o pardal: o espetáculo das suas incontáveis diversidades e desigualdades significa que nenhuma criatura se basta a si mesma. Elas só existem na dependência umas das outras, para se completarem mutuamente, no serviço umas das outras.
341. A beleza do Universo: A ordem e a harmonia do mundo criado resultam da diversidade dos seres e das relações existentes entre si. O homem descobre-as progressivamente como leis da natureza. Elas suscitam a admiração dos sábios. A beleza da criação reflete a beleza infinita do Criador, a qual deve inspirar o respeito e a submissão da inteligência e da vontade humanas.
342. A hierarquia das criaturas é expressa pela ordem dos «seis dias», indo do menos perfeito para o mais perfeito. Deus ama todas as suas criaturas (207) e cuida de cada uma, até dos passarinhos. No entanto, Jesus diz: «[Vós] valeis mais do que muitos passarinhos» (Lc 12, 7), e ainda: «Um homem vale muito mais que uma ovelha» (Mt 12, 12).343. O homem é o ponto culminante da obra da criação. A narrativa inspirada exprime essa realidade, fazendo nítida distinção entre a criação do homem e a das outras criaturas (208)..
344. Existe uma solidariedade entre todas as criaturas pelo facto de todas terem o mesmo Criador e todas serem ordenadas para a sua glória:
«Louvado sejas meu Senhor, com todas as tuas criaturas,especialmente o meu senhor irmão Sol,o qual faz o dia e por ele nos alumiaE ele é belo e radiante com grande esplendor:de Ti. Altíssimo, nos dá ele a imagem [...]

Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água, que é tão útil e humilde, e preciosa e casta [...]
Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa,e produz variados frutos,com flores coloridas, e verduras [...]
Louvai e bendizei a meu Senhor,e dai-lhe graças e servi-o com grande humildade» (219).
345. O «Sábado» - fim da obra dos «seis dias». O texto sagrado diz que «Deus concluiu, no sétimo dia, a obra que fizera» e que assim «se completaram o céu e a terra»; e no sétimo dia Deus «descansou» e santificou e abençoou este dia (Gn 2, 1-3). Estas palavras inspiradas são ricas de salutares ensinamentos:
346. Na criação, Deus estabeleceu uma base e leis que permanecem estáveis (210) sobre as quais o crente pode apoiar-se com confiança, e que serão para ele sinal e garantia da fidelidade inquebrantável da Aliança divina (211). Por seu lado, o homem deve manter-se fiel a esta base e respeitar as leis que o Criador nela inscreveu.
347. A criação foi feita em vista do Sábado e, portanto, do culto e da adoração de Deus. O culto está inscrito na ordem da criação (212) - «Operi Dei nihil preponatur - Nada se anteponha à obra de Deus (ao culto divino)» - diz a Regra de São Bento (213) indicando assim a justa ordem das preocupações humanas.348. O Sábado está no coração da Lei de Israel. Guardar os Mandamentos é corresponder à sabedoria e à vontade de Deus, expressas na sua obra da criação.
349. O oitavo dia. Mas para nós, um dia novo surgiu: o dia da Ressurreição de Cristo. O sétimo dia acaba a primeira criação. O oitavo dia começa a nova criação. A obra da criação culmina, assim, na obra maior da Redenção. A primeira criação encontrou o seu sentido e cume ria nova criação em Cristo, cujo esplendor ultrapassa o da primeira (214).Resumindo:
350. Os anjos são criaturas espirituais que glorificam a Deus sem cessar e servem os seus planos salvíficos em relação às outras criaturas: «Ad omnia bona nostra cooperantur angeli - Os anjos prestam a sua cooperação a tudo quanto diz respeito ao nosso bem» (215).
351. Os anjos assistem a Cristo, seu Senhor. Servem-n'O de modo particular no cumprimento da sua missão salvífica em relação aos homens.
352. A Igreja venera os anjos, que a ajudam na sua peregrinação terrestre e protegem todo o género humano.353. Deus quis a diversidade das suas criaturas e a sua bondade própria, a sua interdependência e a sua ordem. Destinou todas as criaturas materiais para o bem do género humano. O homem, e através dele toda a criação, tem como destino a glória de Deus.
354. Respeitar as leis inscritas na criação e as relações derivantes da natureza das coisas, é princípio de sabedoria e fundamento da moral.

(Catecismo da Igreja Católica, parágrafos 328 a 354)

Os anjos na doutrina da Igreja

Após uma época de ceticismo e materialismo triunfante, durante a maior parte dos séculos XIX e XX, o Ocidente voltou a demonstrar uma definida apetência pelo mundo dos espíritos. Se até duas ou três décadas atrás, falar de anjos era considerado por muita gente como sinal de imaturidade ou de falta de cultura, hoje em dia tornou-se moda. Abundam os filmes e livros retratando seres extraordinários, poderosos, dotados de qualidades sobrenaturais, seres super-humanos ante os quais o comum dos mortais é impotente. Não será isso um sintoma de interesse pelo mundo angélico? Ao lado da fantasia e do mito, obras esotéricas de grande divulgação apresentam uma visão distorcida desses seres espirituais, e a ignorância religiosa só fez aumentar os equívocos nesta matéria. Se quisermos saber a realidade sobre os anjos, onde achar a verdade no meio de tanta desinformação?

As Sagradas Escrituras

Muito antes das definições teológicas dos últimos séculos, o ensinamento sobre os anjos encontra-se fundamentado na autoridade das Sagradas Escrituras e dos Padres da Igreja. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, numerosas passagens nos mostram os anjos em ação, na tarefa de proteger e guiar os homens, e servindo de mensageiros de Deus. O versículo 11 do Salmo 90 menciona claramente os Anjos da Guarda: "Deus confiou a seus anjos que te guardem em todos os teus caminhos". Se nalgumas ocasiões os anjos da mais alta hierarquia celeste são os encarregados de missões na terra - casos de São Gabriel e São Rafael - em muitas outras trata-se por certo de uma atuação do anjo guardião da pessoa concernida, mesmo se a Bíblia não o mencione especificamente. Tem-se essa impressão na leitura do profeta Daniel, salvo de ser devorado no cárcere por feras famintas, pois ele declara ao rei Dario: "Meu Deus enviou o seu anjo, que fechou a boca dos leões, os quais não me fizeram malalgum" (Dn 6, 22). Do mesmo modo, nos Atos dos Apóstolos, quando vemos São Pedro ser libertado da prisão por um anjo (cf. At 12, 1-11).Nosso Senhor faz uma referência muito clara aos Anjos da Guarda, quando diz: "Vede, não desprezeis um só desses pequeninos; pois vos declaro que os seus anjos nos Céus vêem incessantemente a face de meu Pai, que está nos Céus" (Mt 18,10).São Paulo, na Epístola aos Hebreus, ensina que todos os anjos são espíritos a serviço de Deus, o qual lhes confia missões em favor dos herdeiros da salvação eterna (cf. Hb 1,14).
Os Padres da Igreja
Na esteira das Sagradas Escrituras, a maioria dos Padres da Igreja trata dos anjos enquanto nossos guardiães.São Basílio Magno, na obra Adversus Eunomium, declara: "Cada fiel tem a seu lado um anjo como protetor e pastor, para o conduzir à vida".No século II, Hermas, na obra "O Pastor", diz que todo homem possui seu Anjo da Guarda, o qual o inspira e o aconselha a praticar a justiça e a fugir do mal. No século III, a crença nos Anjos da Guarda de tal maneira estava arraigada no espírito cristão, que Orígenes lhe dedica várias passagens. E sobre a mesma matéria encontramos belos textos de São Basílio, Santo Hilário de Poitiers, São Gregório Nazianzeno, São Gregório de Nissa, São Cirilo de Alexandria, São Jerônimo, os quais nos ensinam: o Anjo da Guarda preside às orações dos fiéis, oferecendo-as a Deus por meio de Cristo; como nosso guia, ele solicita a Deus que nos guarde dos perigos e nos conduza à bem-aventurança; ele é como um escudo que nos envolve e protege; ele é um preceptor que nos ensina a cultuar e a adorar; nossa dignidade é maior por termos, desde o nascimento, um anjo protetor.
Desdobramentos posteriores
No século XII, Honório de Autun promoveu a doutrina de que cada alma, no momento em que é unida ao corpo, é confiada a um anjo cuja missão é induzi-la ao bem e dar conta de suas ações a Deus. Santo Alberto Magno e São Tomás de Aquino, no século XIII, ensinaram, com São Pedro Damião, que o Anjo da Guarda não abandona nem sequer a alma pecadora, mas procura levá-la ao arrependimento e reconciliação com Deus.Em 1608, o Papa Paulo V instituiu a festa dos Santos Anjos da Guarda.Posteriormente, em 1670, coube ao Papa Clemente X fixar sua comemoração de modo definitivo no dia 2 de outubro, tornando-a obrigatória para toda a Igreja.O Catecismo da Igreja Católica trata da missão do Anjo da Guarda em relação a nós, dizendo: "Desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção e por sua intercessão" (nº 336). E o Papa João Paulo II, na Audiência Geral de 6 de agosto de 1986, acentua que "a Igreja confessa sua fé nos Anjos Custódios, venerando-os na Liturgia com uma festa especial, e recomendando o recurso à sua proteção com uma oração freqüente, como na invocação ao ‘Santo Anjo do Senhor'."


(Revista Arautos do Evangelho, Out/2006, n.58, p. 36 e 37
Site: Arautos

Os anjos como são?

















Os anjos influenciam a nossa vida muito mais do que se pensa, e são nossos intercessores junto a Deus. Conhecendo-os melhor, mais freqüentemente invocaremos seu poderoso auxílio.

Diác. Joshua Sequeira, E.P.

Ao falar sobre os anjos, com muita facilidade vem-nos à mente a clássica representação de um misterioso jovem de bela aparência, trajando uma longa e alva túnica. Não podemos considerá-la uma imagem errada, visto que nas próprias Escrituras eles são assim figurados, como por exemplo, no episódio de Tobias.

Já em nossa época, as aparições de Fátima foram precedidas de algumas intervenções angélicas. O Anjo da Paz apareceu três vezes aos pastorinhos e foi assim descrito mais tarde pela Irmã Lúcia, uma das videntes: "Começamos a ver (...) uma luz mais branca que a neve, com a forma de um jovem transparente, mais brilhante que um cristal atravessado pelos raios do sol. À medida que se aproximava, íamos-lhe distinguindo as feições: um jovem dos seus 14 a 15 anos, de uma grande beleza. Estávamos surpreendidos e meio absortos." A descrição da Irmã Lúcia pouco revela a respeito dos seres angélicos, apenas aumenta o mistério que os cerca.

Mesmo na Sagrada Escritura, não há elementos precisos sobre sua natureza e atributos; o que se conhece é deduzido de sua atuação, nas missões a eles confiadas por Deus junto aos homens.

Quem são, afinal, os anjos? Que predicados possuem? A resposta, nós a encontramos nos escritos de um dos autores que mais a fundo tratou do assunto: São Tomás de Aquino, o Doutor Angélico. Com base em sua doutrina, vejamos algumas das interessantes questões relativas aos anjos.

Os anjos são mais numerosos que os homens?

Ao criar, Deus teve em vista "a perfeição do Universo como finalidade principal" (1), pois tinha intenção de espelhar o supremo Bem, ou seja, Ele mesmo. Por isso, fez em maior número os seres mais elevados. E os espíritos celestes, os quais superam em dom e qualidade qualquer ser corporal, foram criados em tal quantidade que, perto deles, todas as estrelas do firmamento não passam de um punhadinho de pedras preciosas.

Todos os homens - desde Adão até o último a nascer no fim do mundo - são poucos em relação às miríades de puros espíritos que espelham tão perfeitamente o Criador dos homens e dos anjos. É com grande veracidade que Dionísio confessou humildemente: "Os exércitos bem-aventurados dos espíritos celestes são numerosos, superando a medida pequena e restrita de nossos números materiais" (2).

Os anjos são todos iguais?

Segundo o Doutor Angélico, as criaturas devem representar a bondade de Deus. Mas nenhuma criatura - nem sequer Maria Santíssima! - é capaz de representar suficientemente toda a bondade divina. Por isso, Ele criou múltiplos e distintos seres. Assim, cada indivíduo representa um aspecto diferente do Bem Supremo, e um suprirá aquilo que no outro não se encontra..

Os seres criados - se postos em escala, de inferior a superior - formam uma imensa cadeia, onde o conjunto de diversos graus, cada qual mais requintado, dá uma noção mais completa e arquitetônica da Suma Perfeição do que qualquer um deles individualmente (3).

Ademais, na medida em que as criaturas se aproximam do Bem Supremo, as diferenças entre elas se multiplicam, para melhor espelhar a riqueza infinita dos dons de Deus. Deste modo, a extrema variedade do mundo angélico supera tanto a do mundo físico que este, comparativamente, parece empalidecido, pobre e até monótono! Entre os anjos, não há indivíduos semelhantes, agrupados em famílias ou raças, como ocorre no gênero humano.

Cada um difere do outro, como se fossem espécies diversas (4).

São Tomás de Aquino, baseando-se nas Escrituras, divide-os em três hierarquias e nove coros: "Isaías fala dos Serafins; Ezequiel, dos Querubins; Paulo, dos Tronos, das Dominações, das Virtudes, das Potestades, dos Principados; Judas fala dos Arcanjos, enquanto o nome dos Anjos está em muitos lugares da Escritura" (5).

Enquanto São Dionísio explica a divisão da hierarquia angélica em função de suas perfeições espirituais, São Gregório o faz de acordo com seus ministérios exteriores: "Os Anjos são aqueles que anunciam as coisas menos importantes; os Arcanjos, os que anunciam as mais importantes; as Virtudes, por elas se realizam os milagres; as Potestades, pelas quais se reprimem os maus poderes; os Principados, que presidem os próprios espíritos bons" (6).

De que modo os anjos podem influenciar os homens?

Os anjos podem influenciar profundamente os homens, embora o façam sempre discretamente, pois a humildade também é uma virtude angélica.

Quantas vezes, uma boa inspiração tem origem num anjo! Ou quando o pressentimento de algum perigo grave leva a pessoa a tomar medidas e escapar de um acidente ou livrar-se de um grande dano, certamente foi algum solícito anjo que zelou pelo bem de seu protegido.

Mas os anjos exercem um importante papel, sobretudo no que diz respeito à fé, como nos ensina o Doutor Angélico: "Dionísio prova que as revelações das coisas divinas chegam aos homens mediante os anjos. Essas revelações são iluminações. Portanto, os homens são iluminados pelos anjos" (7).

"Pela ordem da Divina Providência - continua São Tomás - os inferiores se submetem às ações dos superiores. Assim como os anjos inferiores são iluminados pelos superiores, assim os homens, inferiores aos anjos, são por eles iluminados.
(...) Por outro lado, o intelecto humano, enquanto inferior, é fortalecido pela ação do intelecto angélico" (8).

É verdade que tenho um anjo da guarda para me proteger?

Ao tratar deste ponto, o Doutor Angélico cita o comentário de São Jerônimo às palavras do Divino Mestre: "seus anjos [dos pequeninos] no Céu contemplam sempre a face de meu Pai" (Mt 18, 10). "Grande é a dignidade das almas - afirma São Jerônimo -, pois, ao nascer, cada uma tem um anjo delegado à sua guarda" (9). Assim, cada homem recebe um príncipe da corte celeste que nunca o abandona, por mais culposas ou pavorosas que sejam as situações pelas quais passe. Tal como se reza na conhecida oração ao anjo da guarda (Santo Anjo do Senhor) ele rege, guarda, governa e ilumina o seu protegido.

O anjo ilumina o homem para incliná-lo ao bem ou comunicar-lhe a vontade divina (10) e o protege contra os assaltos do demônio. Sobretudo, o anjo continua sempre na presença de Deus, mesmo estando ao lado de seu protegido, intercedendo continuamente por ele.

1) Suma Teológica I, q.50, a.3 resp.
2) De Caelesti Hierarchia, cap.14, in MIGNE, PG, 3, 321 A.
3) cf. I, q. 47, a. 1e 2.
4) cf. I, q. 50, a. 4.
5) I, q.,108, a.,5 s.c.
6) cf. I, q 108, a.,5 resp.
7) I, q. 111 a. 1 s.c.
8) I, q. 111, a.1 resp.
9) MIGNE, PL, 26, 130 B.
10) cf. I, q. 111, a. 1.

Fonte:http://www.arautos.org

(Revista Arautos do Evangelho, Set/2007, n. 69, p. 22 e 23)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Oração ao vestir o véu


Para que usemos os nossos véus com a disposição correta, segue abaixo uma oração linda que conheci através da Lisandra, cujo autor preferiu o anonimato.

Divino Espírito Santo, hóspede da minha alma, convencida de que a minha verdadeira vida está escondida com Cristo em Deus Pai, visto este véu na minha cabeça na esperança não de aparecer, mas de desaparecer, não para atrair a atenção sobre a minha pessoa mas, para esconder-me na imitação de Maria Santíssima.

Que todos olhem para Vós Deus Pai, Filho e Espírito Santo,

Amém.


Para baixar a oração em PDF acesse:
http://www.4shared.com/get/236508470/ca7d3d08/Orao_ao_vestir_o_vu.html

Doce véu



Sou suspeito para falar. Pois sendo homem, evidentemente não uso véu. Mas confesso: me causa estranheza quando vejo se referirem ao uso do véu como, essencialmente, “mortificação”, “sacrifício à ser oferecido”, etc. Pois para mim, o véu soa como algo tão bonito, tão doce, tão suave...



Em primeiro lugar, é preciso compreender que o véu jamais foi abolido da Sagrada Liturgia. Mas, havendo sido suprimida a sua obrigatoriedade canônica, acabou por cair parcialmente em desuso no ocidente.



No oriente, porém, esta tradição se mantém muito viva. E nos remete diretamente à Igreja Primitiva.



Não há dúvidas, portanto, que é um sinal tradicional da Liturgia Católica. Mesmo aqui no ocidente, embora tenha caído em parcial desuso nos últimos 40 anos, manteve-se como costume por quase 2000 anos!



Mas não basta só sabermos que é um sinal litúrgico tradicional. Embora esse seja o dado mais claro em um primeiro momento, precisamos compreender o seu significado.



É preciso ter em mente que na Sagrada Liturgia todos os sinais externos tem um significado profundo: os paramentos litúrgicos, os gestos externos, o dobrar os joelhos para a adorar ou pedir perdão, as castiçais, o incenso, o latim...com o véu, não é diferente!



Em um primeiro momento, pode parecer machismo a afirmação de São Paulo aos Coríntios, quando afirma que o véu é para mulher um sinal de sujeição (ICor 11,10). Mas se parece, só parece: ora, cabe lembrar que o mesmo São Paulo, falando aos Efésios (Ef 5,21-33) utiliza a mesma afirmação quando faz a analogia que liga o homem à Nosso Senhor (que amou e se entregou pela Igreja) e a mulher à Igreja (que é submissa à Nosso Senhor). E aqui há um rico simbolismo! Esta submissão, evidentemente, à luz da doutrina católica, de forma alguma pode significar para a mulher a sujeição à um autoritarismo machista, mas sim a seu zelo em ser mãe e esposa como a essência da sua vocação matrimonial; e se há aqui algo que Nosso Senhor espera da mulher, também há algo muito mais desafiador que Ele espera do homem: “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.” (Ef 5,25) E isto por si só já descarta qualquer autoritarismo!



Longe de o véu, portanto, atentar contra a dignidade da mulher. Muito pelo contrário: a mulher é a glória do homem e a glória da criação do próprio Deus (ICor 11,7); a imagem bíblica da própria Santa Igreja, que é a noiva do Cordeiro (Ap 19,7). Que grande dignidade isso lhe confere!



O que ilumina mais a questão é quando São Paulo fala aos Coríntios (ICor 11, 4-7) de simbolismo adequado à diferença entre homem e mulher: enquanto é decoroso para o

homem participar do Rito de cabeça descoberta, é decoroso para a mulher participar do Rito e cabeça coberta.



À grosso modo, um homem tirar um chapéu ou um boné ao entrar em local sagrado em sinal de respeito (isto é, descobrir a cabeça) corresponde à uma atitude semelhante da mulher que coloca um véu quando entra no local sagrado (isto é, cobrir a cabeça, e não com uma peça qualquer, mas com uma peça digna e especialmente preparada para este fim).



Lembro das sábias palavras de São Josemaria Escrivá, recordando seus tempos de infância: "Lembro-me de como as pessoas se preparavam para comungar: havia esmero em arrumar bem a alma e o corpo. As melhores roupas, o cabelo bem penteado, o corpo fisicamente limpo, talvez até com um pouco de perfume. Eram delicadezas próprias de gente enamorada, de almas finas e retas, que sabiam pagar Amor com amor." Afirma ainda: "Quando na terra se recebem pessoas investidas em autoridade, preparam-se luzes, música e vestes de gala. Para hospedarmos Cristo na nossa alma, de que maneira não devemos preparar-nos?" ("Homilias sobre a Eucaristia", Ed. Quadrante)



Acaso o uso do véu não seria uma dessas delicadezas, próprias de mulheres apaixonadas pelo Deus-Amor Sacramentado?



Na Sagrada Liturgia, cobre-se delicadamente a dignidade dos diversos elementos litúrgicos: o véu frontal que cobre o Sacrário, o véu que cobre o cálice e o cibório, a toalha branca que cobre o altar, a casula que cobre o sacerdote que oferece o Santo Sacrifício da Missa.



Assim é o véu que cobre a mulher, chamada a ser pela Sagrada Comunhão, de forma especial, como a doce e bela Virgem Maria: Sacrário vivo do Corpo de Deus.

Como se vestir para ir à Santa Missa?

Por Francisco Dockhorn

http://www.reinodavirgem.com.br/liturgia/comovestir.html

Muitos hoje se perguntam qual é a melhor forma de se vestirem para participar do Santo Sacrifício da Missa. Alguns procuram responder a estes afirmando que "tanto faz, pois o que importa é o coração". Mas o que dizem os documentos oficiais da nossa Santa Mãe Igreja à respeito disso?


O Catecismo da Igreja Católica (n. 1387) afirma, sobre o momento da Sagrada Comunhão: "A atitude corporal - gestos, roupa - há de traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste momento em que Cristo se torna nosso hóspede."

Para compreender o porquê o Catecismo afirma isto à respeito das vestes, é importante compreender o que é a Santa Missa: ela é a renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, pagou pelos nossos pecados na cruz. Tal Sacrifício se torna presente na Santa Missa no momento em que o pão e vinho tornam-se verdadeiramente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor (Catecismo da Igreja Católica, 1373-1381). O Santo Sacrifício da Missa é incruento (ou seja, sem sofrimento nem derramamento de sangue), ou seja, é o mesmo e único Sacrifício do Calvário, tornando-se verdadeiramente presente na Santa Missa para que possamos receber os seus frutos e nos alimentar da Carne e do Sangue de Nosso Senhor. Por isso o Sagrado Magistério nos ensina que "o sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício." (Catecismo da Igreja Católica, 1367)

É preciso evitar, então, primeiramente as roupas que expõe o corpo de forma escandalosa, como decotes profundos, shorts curtos ou blusas que mostrem a barriga. Mas convém que se evite também tudo o que contraria, como afirma o Catecismo, a alegria, a solenidade e o respeito - isto é, banaliza o momento sagrado.

O bom senso nos mostra, por exemplo, que partindo do princípio da solenidade, é melhor que se use uma calça do que uma bermuda. Ora, na nossa cultura, não se vai a um encontro social solene usando uma bermuda!

O bom senso nos mostra também que, partindo do princípio do respeito e da não-banalização do sagrado, é melhor que se evite roupas que chamam atenção para o corpo ou para elementos não relacionados com a Sagrada Liturgia. É melhor que uma mulher, por exemplo, utilize uma blusa com mangas do que uma blusa de alcinha; é melhor que utilize uma calça discreta, saia ou vestido do que uma calça estilo "mulher-gato" (isto é, apertadíssima); também é melhor que se utilize, por exemplo, uma camisa ou camiseta discreta do que uma camiseta do Internacional ou do Grêmio.

A questão se reveste de uma seriedade ainda maior quando se trata daqueles que exercem funções litúrgicas, tais como os leitores e músicos. Pois estes, além de normalmente estarem mais expostos ao público que os demais, acabam por serem também modelos.

É de acordo com este senso que até a pouco tempo atrás era comum se utilizar a expressão popular "roupa de Missa" ou "roupa de Domingo" como sinônimo da melhor roupa que se tinha. Quanto bem faria aos católicos se esta expressão fosse restaurada!

Quanto aos que afirmam que "o que importa é o coração", vale lembrar que aqui não cabe a aplicação deste princípio, pois isso implicaria colocar-se em contraposição com grandes parte das normas litúrgicas da Santa Igreja, bem como com os diversos sinais e símbolos litúrgicos (paramentos, velas, incenso, gestos do corpo, etc), que partem da necessidade de se manifestar com sinais externos a fé católica à respeito que acontece no Santo Sacrifício da Missa, bem como manifestar externamente a honra devida a Deus. A atitude interna é fundamental, mas desprezar as atitudes externas é um erro.

A este respeito, escreveu o saudoso Papa João Paulo II: "De modo particular torna-se necessário cultivar, tanto na celebração da Missa como no culto eucarístico fora dela, uma consciência viva da Presença Real de Cristo, tendo o cuidado de testemunhá-la com o tom da voz, os gestos, os movimentos, o comportamento no seu todo. (...) Numa palavra, é necessário que todo o modo de tratar a Eucaristia por parte dos ministros e dos fiéis seja caracterizado por um respeito extremo." (Mane Nobiscum Domine, 18)

Concluímos com as palavras de São Josemaria Escrivá em uma de suas fantásticas homilias, recordando seus tempos de infância: "Lembro-me de como as pessoas se preparavam para comungar: havia esmero em arrumar bem a alma e o corpo. As melhores roupas, o cabelo bem penteado, o corpo fisicamente limpo, talvez até com um pouco de perfume. Eram delicadezas próprias de gente enamorada, de almas finas e retas, que sabiam pagar Amor com amor." Afirma ainda: "Quando na terra se recebem pessoas investidas em autoridade, preparam-se luzes, música e vestes de gala. Para hospedarmos Cristo na nossa alma, de que maneira não devemos preparar-nos?" (Homilias sobre a Eucaristia, Ed. Quadrante)

É Amor ou Nostalgia?


O véu jamais foi abolido da Sagrada Liturgia. Mas, havendo sido suprimida a sua obrigatoriedade canônica, acabou por cair em desuso.
Vários sacerdotes e leigos nos anos 70 e 80 sepultaram o véu. Foi considerado ultrapassado, antiquado, retrógrado e símbolo de um contexto litúrgico que queriam apagar da história. A ideologia feminista fez o véu ser visto de uma forma que a Santa Igreja nunca o fez: um símbolo da opressão machista, denegrindo a dignidade da mulher. Algumas senhoras continuavam usando o véu e muitos respiravam aliviados, pensando que essa “mera nostalgia” se extinguiria junto com elas.

Agora, sob a sombra do gigante Bento XVI, parte do mundo católico olha perplexo ao ver jovens, por livre e espontânea vontade, restaurando o uso do véu. São meninos e meninas que amam, e são apaixonados por Jesus Eucarístico e pela Santa Igreja. São meninas que usam véu, e meninos que apóiam o uso e são para elas suporte para enfrentar os “olhares tortos” – olhares estes que são compensados por muitos olhares comovidos de gente de mais idade, que se surpreende e vê nelas a presença de uma sacralidade que ainda existe em nossas igrejas.

São jovens adoradores, que não vivem isso por mera "nostalgia”, pois não chegaram a conhecer o tempo em que isso era comum. Vivem porque sabem que fazem parte de uma Igreja que tem uma tradição de 2000 anos, tradição que mantém o seu sentido em meio à falta de sentido do século 21.

Uma geração suprime; a outra, restaura. Uma geração acaba por deixar a lacuna; a outra, a sente.

O Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, comentou sobre como jovens sentem a distorção litúrgica dos dias de hoje e sobre a revalorização do próprio latim: "É preciso que volte a ser claro que a ciência da liturgia não existe para produzir constantemente novos modelos, como é próprio da indústria automobilística (...) A Liturgia é algo diferente da manipulação de textos e ritos, porque vive, precisamente, do que não é manipulável. A juventude sente isso intensamente. Os centros onde a Liturgia é celebrada sem fantasias e com reverência atraem, mesmo que não se compreendam todas as palavras." (livro "O sal da terra", 1996)


Bento XVI comenta, ainda, na Carta aos Bispos que acompanhou o Motu Próprio Summorum Pontificum, em 2007, sobre jovens que se identificam com a Missa Tridentina, a forma tradicional do Rito Romano. Diz o Santo Padre: "Logo a seguir ao Concílio Vaticano II podia-se supor que o pedido do uso do Missal de 1962 se limitasse à geração mais idosa que tinha crescido com ele, mas entretanto vê-se claramente que também pessoas jovens descobrem esta forma litúrgica, sentem-se atraídas por ela e nela encontram uma forma, que lhes resulta particularmente apropriada, de encontro com o Mistério da Santíssima Eucaristia."


Muito se rezou pelos jovens, e aí estão muitos dos quais o Espírito Santo tem levantado!


Será que se está preparado para o que eles podem mostrar?

Use sua mantilha com prazer


Por que usar o véu?

Em antigas tradições de milhares de anos atrás, o “véu” representava pureza e modéstia em várias religiões e culturas. Um véu é tanto um símbolo como um místico sacrifício que convida a mulher a subir a escada da santidade.

Quando uma mulher cobre sua cabeça na Igreja Católica, simboliza sua dignidade e humildade diante de Deus, não dos homens. Não é surpresa as mulheres de hoje terem tão facilmente abandonado a tradição do véu quando os dois maiores significados do véu são pureza e humildade.

A mulher que cobre sua cabeça na presença do Senhor Jesus no Santíssimo Sacramento está lembrando para si mesma que diante de Deus se deve ser humilde. Assim como com todos os outros gestos exteriores, se é praticado adequadamente, penetra no coração e é traduzido em ações bem significativas. O “véu” cobre o que o Senhor, na Sagrada Escritura, chama de “a glória da mulher”, o seu cabelo. Cobrir seus cabelos é um gesto que a mulher faz espiritualmente para “mostrar” a Deus que reconhece que sua beleza é menor que a dele e que a glória dele está muito acima da sua.

Fazendo isto a mulher é relembrada que as virtudes não podem crescer numa alma sem uma grande medida de humildade. Assim ela usa o véu para agradar a Deus e recordar a si mesma de praticar a virtude com mais ardor.

Não há outra peça de roupa que a mulher deva vestir para servir com esta função. O véu simbolicamente motiva a mulher a “inclinar” a cabeça em oração, a abaixar o olhar diante da grande e misteriosa beleza e poder de Deus no Santíssimo Sacramento. Pela inclinação da cabeça e pelo abaixar dos olhos, ela está mais apta a adorar a Deus na capela interior do seu coração, sua alma.

O véu que a mulher usa lhe confere um belo senso de dignidade. Quando ela o usa, ela se identifica com a maior criação de Deus, a Bem-aventurada e Imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus. Não houve na terra quem mais amasse e ama o Senhor que a Bem-aventurada Virgem Maria. Em seu amor, sua humildade exalada como doce incenso perfumado diante de Deus. O véu que ela usou simbolizava sua pureza, modéstia e obviamente sua profunda humildade e submissão a Deus Todo-poderoso.

As mulheres que amam Jesus devem perceber que a imitação de sua Mãe pelo uso do véu e por outras virtudes é um pequeno sacrifício a ser feito a fim de crescer na compreensão espiritual da pureza, da humildade e do amor.

A coberta de cabeça da mulher na Igreja é um surpreendente lembrete de modéstia, algo antigo, mas perdido na sociedade de hoje. Modéstia e pureza caminham de mãos dadas.

Quando uma mulher cobre a cabeça ela está protegendo o coração para que possa ser cortejado pelo amor de Deus no Santíssimo Sacramento. Este é um místico ‘país’ onde somente o Eterno Pai pode entrar. Seu véu é como as lâmpadas acesas das virgens à espera do Esposo, uma indicação de que ela está preparada para recebê-lo a qualquer momento, uma auréola de seu amor espiritual pelo Esposo. Usar o véu é um ato de amor a Deus.

Por que uma mulher usaria um véu na igreja? Não para ser louvada, nem por causa da tradição, nem para “aparecer” na multidão, nem porque você diz ou eu digo ou qualquer um diz... Mas porque ela ama nosso Senhor Jesus Eucarístico e porque é este mais um pequeno sacrifício que ela deve oferecer pela sua alma e por muitas almas que não têm ninguém que por elas se sacrifique. Amém.

POR QUE USAR O VÉU


Por Juliana Fragetti Ribeiro Lima
Publicado originalmente no blog Tantum Ergo

Sei que hoje isso é algo considerado “ultrapassado”, “radical” entre outras coisas. Muitos dirão que isso até é reflexo de um costume machista e que inferioriza a mulher e tal. Mas isso não é verdade. Eu estou me referindo ao uso do véu na Santa Missa. Aliás, não só na Santa Missa, mas em qualquer ato de devoção.

Primeiro temos que entender o motivo.

Um deles é bíblico. “Quero, porém, que saibais que Cristo é a cabeça de todo homem, o homem a cabeça da mulher, e Deus a cabeça de Cristo. Todo homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta desonra a sua cabeça. Mas toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça, porque é a mesma coisa como se estivesse rapada.” (1 Co 11.3-5)

Veja que na Escritura, S. Paulo fala que é vergonhoso que oremos com a cabeça descoberta. Que em sinal de submissão devemos ter a cabeça coberta. Oras, dirá você, mas que argumento machista, por causa de homens eu vou cobrir minha cabeça? Não. Não é machismo, é um reconhecimento: Deus fez o homem, que é a sua (de Deus) glória. E dele (de Adão, do homem) nos fez, sendo nós a sua (do homem) glória (1 Co 11.7). Além disso, diz S. Paulo, que devemos cobrir a cabeça por causa dos anjos (1 Co 11.10).

Além disso, temos um motivo mais sublime. Muito mais. Não é por homens que o fazemos, mas pelo Senhor. Veja, até os anjos cobrem seu rosto em face de estarem diante de Deus (Is 6.2)!! Os anjos são puros, sem pecado, mas reconhecem o que é estar diante da majestade de Deus, diante do Criador de todas as coisas e cobrem seu rosto. Não iremos nós também nos cobrir diante de Cristo presente no Santíssimo Sacramento?

Sim, não só na hora da missa, pois se estivermos na igreja, o Senhor está lá no Sacrário, sempre presente. Se formos fazer atos piedosos (orar, etc.) em público, ainda que não na igreja, também convém, pois não estaríamos nós com isso testemunhando nosso amor a Jesus, assim como Nossa Senhora o fez?

Uma outra coisa interessante, é que nos tempos do Antigo Testamento, descobrir a cabeça da mulher estava relacionado à vergonha, maldição, etc.

Em Números, depois de falar de como proceder no caso de adultério, o texto sagrado diz que “Então apresentará a mulher perante o Senhor, e descobrirá a cabeça da mulher, e lhe porá na mão a oferta de cereais memorativa, que é a oferta de cereais por ciúmes; e o sacerdote terá na mão a água de amargura, que traz consigo a maldição” (Números 5.18)

A Igreja sempre recomendou o uso do véu. São Jerônimo, escrevendo uma carta, abordou o assunto dizendo:
“É comum nos mosteiros do Egito e da Síria que as virgens e viúvas que se entregaram a Deus, renunciaram ao mundo e jogaram ao chão os prazeres, peçam às mães de suas comunidades que cortem seus cabelos; não que depois elas possam ir com as cabeças descobertas em desafio ao mandamento do Apóstolo, elas usam uma capa fechada e véu.” (Carta 147, 5)
Hoje se diz muito por aí que “o que importa é o interior”, etc. Mas a grande verdade é que não somos “puro espirito” e sim somos uma unidade de corpo e alma, e o interior e exterior se refletem mutuamente. E, com freqüência, o nosso exterior revela o nosso interior, a nossa fé e espiritualidade. Cá pra nós, não é estranho você ver alguém que se diz muito temente a Deus andando com roupas sensuais, etc? Você e eu esperaríamos (corretamente) que a vida e o exterior dessa pessoa correspondessem à alta profissão de fé que ela faz, não é?

Além do mais, veja que tudo que é importante na liturgia da Igreja é coberto: o cálice com o Sangue de Nosso Senhor é coberto durante a missa até o momento da consagração, O sacrário, onde fica permanentemente o Corpo de Nosso Senhor, é coberto por um véu frontal. A Virgem Santíssima também. Você já viu uma imagem da Ssma. Virgem onde ela estivesse descoberta? Repare que em todas as invocações que conhecemos dela, a vemos de véu.

O véu por séculos simbolizou a castidade, a modéstia e a santidade da mulher cristã. A Igreja sabendo disso, instava por todos os séculos com suas filhas que o usassem, simbolizando pureza, santidade, humildade, qualidades que vemos em Nossa Senhora. Por que então não adotarmos uma coisa tão simples, mas como vimos, tão cheia de significados?

O Uso do Véu como um Sacramental

Por Maite Tosta

O uso do véu pode ser considerado um sacramental. Segundo o Catecismo da Igreja Católica, “quase não há uso honesto de coisas materiais que não possa ser dirigido à finalidade de santificar o homem e louvar a Deus.” (§1670). O uso do sacramental não é essencial, portanto, à salvação, mas um auxílio.

Não é expressamente ordenado, mas é recomendado como uma prática de piedade, caso a mulher se sinta chamada a isso. Se a mulher lê as passagens bíblicas a esse respeito e sente o Espírito Santo movê-la, deve primeiramente orar e discernir a respeito.

É muito importante que um sacramental seja praticado pelas razões certas, ou seja, para o crescimento espiritual do praticante. Superstição, pressão do grupo, vaidade, nada disso são razões válidas para se usar o véu. Um bom teste a se fazer é se perguntar: “Se o Papa banisse o uso do véu amanhã, eu estaria disposta a obedecer?” Se a resposta for sim, então essa é a atitude correta. No final das contas, o uso do véu tem a ver com obediência a Deus e a seus representantes. Obediência, como dizia São Bento, é a prova de fogo para a santidade. Uma pessoa verdadeiramente humilde e santa obedece aqueles que foram designados para dirigi-la.

Voltando ao conceito de sacramental, é imporante a atitude honesta diante de Deus, e o uso honesto de coisas materiais, de modo a ordená-las para a finalidade de glorificar a Deus. O uso do véu tem a finalidade de levar a mulher a desenvolver atitudes próprias de humildade e adoração a Jesus, da mesma forma que o uso do escapulário é uma devoção que promove a piedade.

Por fim, pode-se concluir que o uso do véu é, antes de tudo, um chamado, um carisma. Cada um tem suas necessidades, seu processo de crescimento espiritual. A Igreja, mãe generosa, oferece vários meios de prover a essas necessidades, através de suas muitas formas de devoção e dos sacramentais, que, se praticados corretamente, levam o fiel à maturidade espiritual. Ademais, o hábito de usar o véu ajuda a mulher a compreender sua vocação e identidade, seu lugar na criação e na Nova Aliança, o Santo Sacrifício, bem como a real importância destes.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Método para rezar o Rosário segundo São Luís Maria de Montfort

Oração inicial para antes do terço
Uno-me a todos os santos que estão no céu, a todos os justos que estão sobre a terra, a todas as almas fiéis que estão neste lugar. Uno-me a vós, meu Jesus, para louvar dignamente Vossa Santa Mãe, e louvar a Vós nEla e por Ela. Renuncio a todas as distrações que me vierem durante este rosário, que quero recitar com modéstia, atenção e devoção, como se fosse o último da minha vida.

Eu vos ofereço, Santíssima Trindade, este Credo para honrar todos os mistérios da nossa fé; este Pai Nosso e estas três Ave-Marias para honrar a unidade de vossa essência e a trindade de vossas pessoas. Peço-vos uma fé viva, uma esperança firme e uma caridade ardente.

Amém.

Creio...
Pai Nosso...
Ave-Maria (3 vezes)
Glória ao Pai...

Mistérios Gozosos
(Segunda-feira e sábado)

I - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena para honrar a vossa Encarnação no seio de Maria, e vos pedimos, por este mistério e por sua intercessão uma profunda humildade.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Encarnação desça sobre nós.
R.: Assim seja.

II - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena para honrar a Visitação de vossa santa Mãe à sua prima Santa Isabel e a santificação de São João Batista; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe santíssima a caridade para com o nosso próximo.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Visitação desça sobre nós.
R.: Assim seja.

III - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena para honrar o vosso Nascimento no estábulo de Belém; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima o desapego dos bens terrenos, o desprezo das riquezas e o amor à pobreza.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério do Nascimento de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.

IV - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena para honrar a vossa Apresentação no templo e a purificação de Maria, e vos pedimos por este mistério e por sua intercessão uma grande pureza de corpo e alma.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Purificação desça sobre nós.
R.: Assim seja.

V - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena para honrar a vossa perda no templo e reencontro por Maria, e vos pedimos por este mistério e por sua intercessão a verdadeira sabedoria.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério do reencontro de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.

Mistérios Luminosos

(Quinta-feira)

I - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena para honrar o vosso Batismo no rio Jordão pelas mãos de João Batista; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a renovação em nós da graça do nosso próprio Batismo.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério do Batismo de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.

II - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena para honrar a vossa presença santificante nas Bodas de Caná; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a graça da fidelidade e da união nas nossas famílias.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da presença de Jesus nas Bodas de Caná desça sobre nós.
R.: Assim seja.

III - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena para honrar o vosso empenho na proclamação do Evangelho; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a graça de um fervor renovado no nosso apostolado.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Vida Apostólica de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.

IV - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena para honrar a vossa Transfiguração no Monte Tabor; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a graça da nossa própria transfiguração através da aceitação dos nossos sofrimentos e da obediência aos vossos mandamentos.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Transfiguração desça sobre nós.
R.: Assim seja.

V - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena para honrar a vossa Última Ceia e a instiuição do sacramento da Eucaristia; e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, um amor e reparação cada vez maior ao tesouro da sagrada Eucaristia.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Instituição da Eucaristia desça sobre nós.
R.: Assim seja.

Mistérios Dolorosos
(Terça e sexta-feira)

I - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena para honrar a vossa Agonia mortal no Jardim das Oliveiras, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a contrição de nossos pecados.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Agonia de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.

II - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena para honrar a vossa sangrenta Flagelação, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a mortificação dos nossos sentidos.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Flagelação de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.

III - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena para honrar a vossa Coroação de espinhos, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, o desprezo do mundo.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Coroação de espinhos desça sobre nós.
R.: Assim seja.

IV - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena para honrar o Carregamento da cruz, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a paciência em todas as nossas cruzes.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério do Carregamento da cruz desça sobre nós.
R.: Assim seja.

V - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena para honrar a vossa Crucifixão e morte ignominiosa sobre o Calvário, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, a conversão dos pecadores, a perseverança dos justos e o alívio das almas do purgatório.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da crucifixão de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.

Mistérios Gloriosos
(Quarta-feira e domingo)

I - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta primeira dezena para honrar a vossa Ressurreição gloriosa, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, o amor de Deus e o fervor no vosso serviço.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Ressurreição de Jesus desça sobre nós.
R.: Assim seja.

II - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta segunda dezena para honrar a vossa triunfante Ascensão, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima, um ardente desejo do céu, nossa cara Pátria.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Ascensão desça sobre nós.
R.: Assim seja.

III - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta terceira dezena para honrar o mistério de Pentecostes, e vos pedimos por este mistério e por intercessão de vossa Mãe Santíssima a descida do Espírito Santo em nossas almas.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério de Pentecostes desça sobre nós.
R.: Assim seja.

IV - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quarta dezena para honrar a Ressurreição e a triunfal assunção de vossa Mãe ao céu, e vos pedimos por este mistério e por sua intercessão, uma terna devoção para com tão boa Mãe.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Assunção desça sobre nós.
R.: Assim seja.

V - Nós vos oferecemos, Senhor Jesus, esta quinta dezena para honrar a Coroação gloriosa de vossa Mãe Santíssima no céu, e vos pedimos por este mistério e por sua intercessão, a perseverança na graça e a coroa da glória.
Pai Nosso... 10 Ave-Marias... Glória...
Que a graça do mistério da Coroação gloriosa de Maria desça sobre nós.
R.: Assim seja.



Oração final para cada terço
Ave Maria, Filha bem-amada do eterno Pai, Mãe admirável do Filho, esposa muito fiel do Espírito Santo, templo augusto da Santíssima Trindade; ave soberana Princesa, a quem tudo está submisso no céu e na terra; ave, seguro refúgio dos pecadores, nossa Senhora da misericórdia, que jamais repelistas pessoa alguma. Ainda que pecador, me prostro a vossos pés, e vos peço que me obtenhais de Jesus, vosso amado Filho, a contrição e o perdão de todos os meus pecados e a divina Sabedoria. Eu me consagro todo a vós com tudo o que possuo. Eu vos tomo hoje por minha Mãe e Senhora. Tratai-me, pois, como o último de vossos filhos e o mais obediente de vossos servos. Atendei, minha Princesa, atendei aos suspiros dum coração que deseja amar-vos e servir-vos fielmente. Não se possa dizer que dentre todos que a vós recorreram, seja eu o primeiro desamparado. Ó minha esperança, ó minha vida, ó minha fiel e imaculada Virgem Maria, defendei-me, nutri-me, escutai-me, instruí-me, salvai-me.
R.: Assim seja.

As Quinze Orações(Em honra das Santas Chagas de Jesus)


. . . Jesus prometeu grandes graças àqueles que recitarem diariamente estas quinze orações durante um ano, em honra de Suas Chagas:
"Aquele que disser essas Orações pode estar seguro de ser associado ao supremo coro dos Anjos e todo aquele que as ensinar a alguém, terá assegurado para sempre sua felicidade e seus méritos." "No lugar onde se encontrarem e onde forem recitadas essas orações, Deus aí estará também presente com a Sua Graça."
. . . Papa Inocêncio X confirmou esta revelação e acrescentou que as almas cumpridoras das condições libertarão cada 6a. feira Santa uma alma do purgatório. A esta devoção, facilmente, se unirá a veneração e o oferecimento das santas chagas do nosso Salvador, pois das suas chagas brotou o precioso Sangue. O Redentor recomendou este exercício à irmã Maria Marta Chambon e lhe deu grandes promessas a respeito deste.
. . . São sugeridas as intenções entre parênteses antes de cada oração.

No início:
Sinal da Cruz...
Oração ao Espírito Santo:Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da Terra.Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, concedei-nos que, pelo mesmo Espírito Santo, saibamos o que é reto e gozemos sempre de sua preciosa consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amém.

Primeira Oração (Pelos sacerdotes, freiras e religiosos militantes)
Pai Nosso, Ave-MariaÓ Jesus Cristo, doçura eterna para aqueles que vos amam, alegria que ultrapassa toda alegria e todo o desejo, esperança de salvação dos pecadores, que declarastes não terdes maior contentamento do que estar entre os homens, até ao ponto de assumir a nossa natureza, na plenitude dos tempos, por amor deles, lembrai-vos dos sofrimentos, desde o primeiro instante de vossa Conceição e sobretudo durante a vossa Santa Paixão, assim como havia sido decretado e estabelecido desde toda a eternidade na mente divina. Lembrai-vos, Senhor, que, celebrando a Ceia com os vossos discípulos, depois de lhes haverdes lavado os pés, destes-lhes o vosso Sagrado Corpo e precioso Sangue e consolando-os docemente lhes predissestes vossa Paixão iminente.Lembrai-vos da tristeza e da amargura que experimentastes em vossa alma, como o testemunhastes, Vós mesmo por estas palavras: "Minha alma está triste até à morte". Lembrai-vos, Senhor, dos temores, angústias e dores que suportastes em vosso corpo delicado antes do suplício da cruz, quando, depois de Ter rezado por três vezes, derramando um suor de sangue, fostes traído por Judas, vosso discípulo, preso pela nação que escolhestes, acusado por testemunhas falsas, injustamente julgado por três juizes, na flor da vossa juventude e no tempo solene de Páscoa. Lembrai-vos que fostes despojado das vossas próprias vestes e revestido das vestes de irrisão; que vos velaram os olhos e a face, que vos deram bofetadas, que vos coroaram de espinhos, que vos puseram uma cana na mão e que, atado a uma coluna, fostes despedaçado por golpes e acabrunhado de afrontas e ultrajes. Em memória dessas penas e dores que suportastes antes da vossa Paixão sobre a cruz, concedei-me, antes da morte, uma verdadeira contrição, a oportunidade de me confessar com pureza de intenção e sinceridade absoluta, uma adequada satisfação e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja.

Segunda Oração (Pelos trabalhadores em geral) Pai Nosso, Ave-MariaÓ Jesus, verdadeira liberdade dos Anjos, paraíso de delícias, lembrai-vos do peso acabrunhador de tristeza que suportastes, quando vossos inimigos, quais leões furiosos, vos cercaram, e por meio de mil injúrias, escarros, bofetadas, arranhões e outros inauditos suplícios, vos atormentaram à porfia. Em consideração desses insultos e desses tormentos, eu vos suplico, ó meu Salvador, que vos digneis libertar-me dos meus inimigos visíveis e invisíveis e fazer-me chegar, com o vosso auxílio, à perfeição da salvação eterna. Assim seja.

Terceira Oração (Pelos presos) Pai Nosso, Ave-Maria Ó Jesus, Criador do céu e da terra, a quem coisa alguma pode conter ou limitar, Vós que tudo abarcais e tendes tudo sob o vosso poder, lembrai-vos da dor, repleta de amargura, que experimentastes quando os soldados, pregando na cruz vossas sagradas mãos e vossos pés tão delicados, traspassaram-nos com grandes e rombudos cravos e não vos encontrando no estado em que teriam desejado para dar largas à sua cólera, dilataram as vossas chagas, exacerbando assim as vossas dores. Depois, por uma crueldade inaudita, vos estenderam sobre a cruz e vos viraram de todos os lados, deslocando, assim, os vossos membros. Eu vos suplico, pela lembrança desta dor que suportastes na cruz com tanta santidade e mansidão, que vos digneis conceder-me o vosso temor e o vosso amor. Assim seja.

Quarta Oração (Pelos doentes)Pai Nosso, Ave-Maria Ó Jesus, médico celeste, que fostes elevado na cruz a fim de curar as nossas chagas por meio das vossas, lembrai-vos do abatimento em que vos encontrastes e das contusões que vos infligiram em vossos sagrados membros, dos quais nenhum permaneceu em seu lugar, de tal modo que dor alguma poderia ser comparada à vossa. Da planta dos pés até o alto da cabeça nenhuma parte do vosso corpo esteve isenta de tormentos; e, entretanto, esquecido de vossos sofrimentos, não vos cansastes de suplicar a vosso Pai pelos inimigos que vos cercavam, dizendo-lhe: "Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem". Por esta grande misericórdia e em memória desta dor, fazei com que a lembrança de vossa Paixão, tão impregnada de amargura, opere em mim uma perfeita contrição e a remissão de todos os meus pecados. Assim seja.

Quinta Oração (Pelos funcionários dos hospitais) Pai Nosso, Ave-Maria Ó Jesus, espelho do esplendor eterno, lembrai-vos da tristeza que sentistes, quando, contemplando à luz da vossa divindade a predestinação daqueles que deviam ser salvos pelos méritos de vossa santa Paixão, contemplastes, ao mesmo tempo, a multidão dos réprobos que deviam ser condenados por causa de seus pecados e lastimastes amargamente a sorte desses infelizes pecadores, perdidos e desesperados. Por este abismo de compaixão e de piedade e, principalmente, pela bondade que manifestastes ao bom ladrão, dizendo-lhe: "Hoje estarás comigo no paraíso", eu vos suplico, ó doce Jesus, que na hora de minha morte, useis de misericórdia para comigo. Assim seja.

Sexta Oração (Pelas famílias)Pai Nosso, Ave-Maria Ó Jesus, Rei amável e todo desejável, lembrai-vos da dor que experimentastes quando, nu e como um miserável, pregado e levantado na cruz, fostes abandonado por todos os vossos parentes e amigos, com exceção de vossa Mãe bem-amada, que permaneceu, em companhia de São João, muito fielmente junto de vós na Agonia; lembrai-vos de que os entregastes um ao outro, dizendo: "Mulher, eis aí o teu filho!" e a João: "Eis aí a tua Mãe!" Eu vos suplico, ó meu Salvador, pela espada de dor que então traspassou a alma de vossa santa Mãe, que tenhais compaixão de mim em todas as minhas angústias e tribulações, tanto corporais como espirituais e que vos digneis assistir-me nas provações que me sobrevierem, sobretudo na hora da minha morte. Assim seja.

Sétima Oração (Contra a luxúria)Pai Nosso, Ave-Maria Ó Jesus, fonte inexaurível de piedade que, por uma profunda ternura de amor, dissestes sobre a Cruz: "Tenho sede!", mas, sede da salvação do gênero humano. Eu vos suplico, ó meu Salvador, que vos digneis estimular o desejo que meu coração experimenta de tender à perfeição em todas as minhas obras e extinguir, por completo, em mim, a concupiscência carnal e o ardor dos desejos mundanos. Assim seja.

Oitava Oração (Pelas crianças e jovens)Pai Nosso, Ave-Maria Ó Jesus, doçura dos corações, suavidade dos espíritos, pelo amargo sabor do fel e do vinagre que provastes sobre a cruz por amor de todos nós, concedei-me a graça de receber dignamente o vosso Corpo e vosso preciosíssimo Sangue durante a minha vida e na hora de minha morte, a fim de que sirvam de remédio e de consolo para a minha alma. Assim seja.

Nona Oração (Pelos agonizantes espirituais)Pai Nosso, Ave-Maria Ó Jesus, virtude real, alegria do espírito, lembrai-vos da dor que suportastes, quando, mergulhado na amargura ao sentir aproximar-se a morte, insultado e ultrajado pelos homens, julgastes haver sido abandonado por vosso Pai, dizendo-lhe: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" Por essa angústia eu vos suplico, ó meu Salvador, que não me abandoneis nas aflições e nas dores da morte. Assim seja.

Décima Oração (Pelos sofredores em geral) Pai Nosso, Ave-Maria Ó Jesus, que sois em todas as coisas começo e fim, vida e virtude, lembrai-vos de que por nós fostes mergulhado num abismo de dores, da planta dos pés até o alto da cabeça. Em consideração da extensão de vossas chagas, ensinai-me a guardar os vossos mandamentos, mediante uma sincera caridade, mandamentos esses que são caminho espaçoso e agradável para aqueles que vos amam. Assim seja.

Décima Primeira Oração (Pelos pecadores de todo o mundo)Pai Nosso, Ave-Maria Ó Jesus, profundíssimo abismo de misericórdia, suplico-vos, em memória de vossas chagas que penetraram até a medula de vossos ossos e atingiram até vossas entranhas, que vos digneis afastar esse pobre pecador do lodaçal de ofensas em que está submerso, conduzindo-o para longe do pecado. Suplico-vos também esconder-me de vossa Face irritada, ocultando-me dentro de vossas chagas até que vossa cólera e vossa justa indignação tenham passado. Assim seja.

Décima Segunda Oração (Por todas as igrejas)Pai Nosso, Ave-Maria Ó Jesus, espelho de verdade, sinal de unidade, laço de caridade, lembrai-vos dos inumeráveis ferimentos que recebestes, desde a cabeça até os pés, ao ponto de ficardes dilacerado e coberto pela púrpura de vosso sangue adorável. Ó, quão grande e universal foi a dor que sofrestes em vossa carne virginal por nosso amor! Dulcíssimo Jesus, que poderíeis fazer por nós que não o houvésseis feito? Eu vos suplico, ó meu Salvador, que vos digneis imprimir, com o vosso precioso Sangue, todas as vossas chagas no meu coração, a fim de que eu relembre, sem cessar, vossas dores e vosso amor. Que pela fiel lembrança de vossa Paixão, o fruto dos vossos sofrimentos seja renovado em minha alma e que vosso amor vá crescendo em mim cada dia mais, até que eu me encontre finalmente convosco, que sois o tesouro de todos os bens e a fonte de todas as alegrias. Ó dulcíssimo Jesus, concedei-me poder gozar de semelhante ventura na vida eterna. Assim seja.

Décima Terceira Oração (Pelos profetas atuais)Pai Nosso, Ave-Maria Ó Jesus, fortíssimo Leão, rei imortal e invencível, lembrai-vos da dor que vos acabrunhou quando sentistes esgotadas todas as vossas forças, tanto do coração como do corpo e inclinastes a cabeça, dizendo: "Tudo está consumado!" Por esta angústia e por esta dor, eu vos suplico, Senhor Jesus, que tenhais piedade de mim quando soar a minha última hora e minha alma estiver amargurada e meu espírito cheio de aflição. Assim seja.

Décima Quarta Oração (Pelos políticos e governantes) Pai Nosso, Ave-Maria Ó Jesus, Filho Único do Pai, esplendor e imagem da sua substância, lembrai-vos da humilde recomendação que lhes dirigistes, dizendo: "Meu Pai, em vossas mãos entrego o meu espírito!" Depois expirastes, estando vosso corpo despedaçado, vosso coração traspassado e as entranhas de vossa misericórdia abertas para nos resgatar! Por essa preciosa morte, eu vos suplico, ó Rei dos Santos, que me deis força e me socorrais para resistir ao demônio, à carne e ao sangue, a fim de que, estando morto para o mundo, eu possa viver somente em Vós. Na hora da minha morte, recebei, eu vos peço, minha alma peregrina e exilada, que retorna para Vós. Assim seja.

Décima Quinta Oração (Pelo Papa João Paulo II)Pai Nosso, Ave-Maria Ó Jesus, vide verdadeira e fecunda, lembrai-vos da abundante efusão de sangue que tão generosamente derramastes de vosso sagrado corpo, assim com a uva é triturada no lagar. Do vosso lado, aberto pela lança de um dos soldados, jorraram sangue e água, de tal modo que não retivestes uma gota sequer; e, enfim, como um ramalhete de mirra, elevado na cruz, vossa carne delicada se aniquilou, feneceu o humor de vossas entranhas e secou a medula de vossos ossos. Por esta tão amarga Paixão e pela efusão de vosso precioso Sangue, eu vos suplico, ó bom Jesus, que recebais minha alma quando eu estiver na agonia. Assim seja.

Oração Final
Ó doce Jesus, vulnerai o meu coração a fim de que lágrimas de arrependimento, de compunção e de amor, noite e dia me sirvam de alimento; convertei-me inteiramente a vós; que meu coração vos sirva de perpétua habitação; que minha conduta vos seja agradável e que o fim de minha vida seja de tal modo edificante que eu possa ser admitido no vosso paraíso, onde, com todos os vossos Santos, hei de vos louvar para sempre. Assim seja.

Consagração a Nossa Senhora(recitá-la diariamente). . .
Ó Santa Mãe Dolorosa de Deus, ó Virgem Dulcíssima: eu vos ofereço meu coração para que o conserveis intacto, como Vosso Coração Imaculado.. . .Eu vos ofereço a minha inteligência, para que ela conceba apenas pensamentos de paz e bondade, de pureza e verdade.. . .Eu vos ofereço minha vontade, para que ela se mantenha viva e generosa ao serviço de Deus.. . .Eu vos ofereço meu trabalho, minhas dores, meus sofrimentos, minhas angústias, minhas tribulações e minhas lágrimas, no meu presente e no meu futuro para serem apresentadas por Vós a Vosso Divino Filho, para purificação de minha vida.. . .Mãe compassiva, eu me refugio em vosso Coração Imaculado, para acalmar as dolorosas palpitações de minhas tentações, de minha aridez, de minha indiferença e das minhas negligências.. . .Escutai-me, ó Mãe, guiai-me, sustentai-me e defendei-me contra todo perigo da alma e do corpo, agora e para toda a eternidade.. . .Assim seja.